Captopril: medicamento originário do veneno da cobra Bothrops jararaca.
Resumo
A hipertensão arterial sistêmica é definida pela Organização Mundial de Saúde como uma condição crônica caracterizada por níveis elevados de pressão sanguínea nas artérias. Apesar de sua prevalência, uma parcela significativa dos hipertensos não está sob tratamento adequado, influenciada por fatores como a natureza assintomática da doença, custos elevados dos medicamentos e potenciais efeitos colaterais. Portanto, a hipertensão é uma das principais causas de morbidade hospitalar, resultando em um alto número de internações e mortes. O tratamento envolve o uso de medicamentos anti-hipertensivos, sendo o Captopril um exemplo pioneiro desse tipo de fármaco. Este artigo destaca a história do tratamento da hipertensão arterial, desde as primeiras descrições no século XIX até a descoberta do Captopril na década de 1960, que se originou a partir de pesquisas com o veneno da cobra Bothrops jararaca. O Captopril atua inibindo a Enzima Conversora de Angiotensina (ECA), desempenhando um papel crucial na regulação da pressão arterial. Além disso, foram abordados temas relacionados ao veneno de serpentes, com ênfase no Bothrops jararaca, responsável por grande parte dos acidentes ofídicos no Brasil. O texto explora a composição do veneno, suas ações no organismo e a diversidade de toxinas presentes. O estudo de caso trata da investigação da estabilidade do Captopril em diferentes formulações e embalagens, destacando-se a importância da escolha criteriosa de excipientes e embalagens na formulação de medicamentos sensíveis à degradação, com ênfase na necessidade de controle rigoroso de fatores como umidade e composição da formulação. Em conclusão, foi enfatizado a relevância do tratamento da hipertensão arterial, o papel pioneiro do Captopril nesse contexto, e a importância de pesquisas relacionadas ao veneno de serpentes para o desenvolvimento de novos fármacos.
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